terça-feira, 14 de abril de 2015

Osteopatia Baseada em Evidência: A melhora de bebês com Osteopatia não ocorre por efeito placebo!

     Um artigo publicado em 2014 na revista Complementary Therapies in Clinical Practice estudou a possível existência de efeito placebo no tratamento osteopático de bebês (placebo é como se denomina um fármaco ou procedimento sem efeito real, mas que apresenta efeitos terapêuticos psicológicos pela crença do paciente).
           Para isso 206 bebês de 7 a 9 meses de idade foram divididos em dois grupos: Grupo Osteopatia com 103 crianças que foram submetidos tratamento Osteopático e Grupo Placebo com 103 bebês submetidos às técnicas placebo. O estudo ocorreu em um Hospital na Italia.
          

       Os resultados encontrados neste estudo pioneiro levaram os autores à conclusão de que a melhora dos bebês com o tratamento osteopático não ocorre por efeito placebo! (Müler et all, 2014).


           Se um bebê melhora com uma sessão de Osteop
atia, é porque ela realmente funciona, e não é o toque, o calor da mão do terapeuta ou o fato de dar atenção que faz a diferença.

           O depoimento a seguir  (de abril de 2015) mostra o efeito que a osteopatia tem em casos de refluxo crônico em uma bebê de 1 ano de idade (completados no dia da sessão de osteopatia), em tratamento medicamentoso para este diagnóstico desde seus primeiros dias vida: 

"Estou muito feliz pois a B*** conseguiu comer papinha mais sólida na sexta feira logo após sairmos do seu consultório. Ela nunca tinha conseguido comer sólidos sem vomitar logo em seguida. Que progresso !Ela está super bem e comendo bem, só tenho a agradecer à você Dr Mauro."

           Essa melhora ocorre de forma homogênea entre bebês de 0 a 1 ano de idade, conforme foi demonstrado em estudo controlado que comparou o tratamento osteopático do refluxo ao tratamento exclusivamente medicamentoso em 59 bebês de 0 a 1 ano de idade. O grupo tratado com osteopatia (33 bebês) saiu do diagnóstico de refluxo num intervalo de um mês, enquando o grupo que usou apenas medicamentos (26 bebês) continuou com o diagnóstico após dois meses de estudo (GEMELLI et al, 2014).
           Sintomas como tosse, soluço, choro por azia e cólica melhoraram no grupo osteopático, enquanto a cólica piorou e a tosse continuou igual no grupo que só usou medicamento.

           Baseado nessas evidências cientificas, é possível concluir que a Osteopatia representa uma excelente ferramenta no tratamento do refluxo no bebê, a melhora não ocorre por efeito placebo e, por fim, que a medicação causa apenas alívio dos sintomas e não trata as causas reais do problema.


Muller et al 2014. Do placebo effects associated with sham osteopathic procedure occur in newborns? Results of a randomized controlled trial. - http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24731889 

Gemelli et al 2014. Resultados do desenvolvimento e aplicação de um protocolo osteopático de tratamento para bebês com refluxo. http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/1019






Dr Mauro Gemelli
Osteopata Pediátrico (Escuela de Osteopatia de Madrid Internacional)
Mestre em Engenharia Biomédica com ênfase em Refluxo Gastroesofágico de bebês (UTFPR)

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